domingo, 20 de junho de 2010

Se o vento soprar..

Não há mais lágrimas para se chorar,
com o tempo a dor as esgotou.
Não há mais esperança, para a esperar,
o tempo com toda acabou.
Não há motivos para sorrir,
como não há motivos para pensar,
Não há lembranças sem ferir,
um coração que não cansa de lamentar,
O inverno se faz presente o ano todo,
as folhas não caem, com o vento do verão.
Não há sentimento de vida nem de renovo, 
nem há alegria que alegre um coração. 
Não há o grito calado, foi amordaçado,
jogado feito resto, varrido sem pensar.
Não , não há motivos para se relembrar,
causa, efeito, fim , começo, passado.
O coração bate dentro do peito, indiferente,
os olhos já não vêem , nem a luz, nem o dia.
Mas, não há motivos para se preocupar, é diferente,
já não há mais espaço para dor, nem a agonia. 
Só o zumbido de uma saudade ardente,
fulminando, o que sobrou da gente.
Mas, não há motivos para se preocupar,
o vazio é assim, uma sombra a nos acompanhar.
Se a poesia, já não tem forças para clamar por alegria,
a voz preza e rouca, se perder ou emudecer.
Ainda fica o não pensar, para não mais sofrer,
mais ainda, com a saudade que ficou no lugar.
Vivo um caminho estranho e não definido,
atraz de uma direção sem rumo certo , então.
Na loucura de tentar me sentir, realmente vivo,
não só pelo bater constante de um coração.
Se o vento soprar e essa poesia chegar ao seu ouvido,
de certo não há com o que se preocupar,
Como o vento eu sigo esse caminho,
esperando o dia de não mais ter que caminhar.
E se o vento soprar, não há com o que se incomodar,
o silencio, assim, tomara o meu lugar......

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