domingo, 6 de junho de 2010

Lentamente.

Adormecido, lentamente vou redescobrindo o caminho,
acordando, de um sono profundo, de um sonho doloroso.
Os meus olhos, envelhecidos, já podem ver um sentido,
que por tempos foram escondidos, pelo sono silencioso.
Lentamente, a luz invade a escuridão, novamente,
o sol magestozo, volta a brilhar no meu olhar.
Já não é o mesmo sentido de vida, que antigamente,
mas, já posso sentir, uma nova esperança, brilhar.
Todo silencio, traz uma nova lição,
todo encontro, traz consigo um dia de adeus,
Todo nascimento, revela que haverá uma separação,
toda poesia, um pouquinho da vida, de quem a escreveu.
A saudade é dádiva, prova que uma lembrança boa existe,
uma lágrima de amor, é linda, mostra que um dia esse amor nasceu.
A dor é um presente deixado pelo amor, que ainda resiste,
ao silencio, a distancia, mesmo que por tão pouco , no tempo se perdeu.
Lentamente, vou seguindo, os novos, passos, sem direção,
sigo o perfume das flores do jardim lá fora.
O meu tempo não é tão longo, para procurar uma explicação,
me contento, em ver enquanto posso, teu sorriso, no brilho da aurora.
Porque todos os olhos um dia se fecharão,
todo sorriso, um dia não mais , brilhará.
Toda voz, um dia se silenciará,
mas, o amor, não, é o único, que sobreviverá,
Lentamente, e para todo sempre.....

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